quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Material Escolar


Todo mundo que me conhece sabe que eu sou uma pessoa muito econômica. Se alguém disser que eu sou zura ou mão-de-vaca eu nego até a morte, pois ser ECONÔMICA é diferente de ser unha-de-fome.

Bom, com esse meu jeito eu acabo tendo tudo que os outros tem, mas de uma forma menos dolorosa financeiramente. Exemplo absurdo eu tive hoje, quando cheguei em um dos meus trabalhos para marcar pacientes e me deparei com o desespero pós compra de material escolar.

Todos sabem que eu tenho um Filhote, que nesse momento está com quatro anos e meio e vai para o segundo ano do pré escolar, portanto, já tem uma grande lista de material.

No ano passado levei Filhote e Mamily para comprarem o material escolar comigo, já que era o primeiro ano em uma "escola de verdade", digo não-creche, então queria que isso servisse como um rito de passagem. Também por ser o primeiro ano, tive que comprar mochila de rodinha, todo o kit merenda, estojo... resumo: achei caro para caramba o valor pago.

Esse ano estava muito mais felizinha pois como meu filhote é MUITO organizado e cuidadoso com as coisinhas dele de escola, a a mochila (comprada no ano passado) está muito conservada e o estojo está praticamente NOVO, saído de loja. O avental, apontador, copo, lancheira... tudo absolutamente conservado.

Portanto, vou eu toda serelepe à papelaria (sozinha) comprar o que a lista pedia (ignorando sumariamente absurdos como: papel higiênico, sabonete, e demais produtos de higiene). Tá, comprei tudinho que era requisitado, obviamente optei por materiais com boa qualidade, mas não de marca. Comprei cadernos de capa dura, pincel e papéis do melhor tipo, lápis ecológico antideslizante...

Tá, já enrolei demais para chegar ao ponto. Sei que gastei MUITO POUCO, sério, até eu achei que tinha algo errado com o valor, ai quando eu abri a boca para comentar isso no trabalho, eu ouço um: "QUANTO??? ISSO NÃO CHEGA NEM NA METADE DA PRIMERA DE CINCO PARCELAS QUE EU TENHO QUE PAGAR PROS MEUS FILHOS!"

Rapidamente explico: essa menina tem dois filhos, uma de um aninho e outro mais velho que meu Filhote. Ela optou por só comprar coisas de marca, sendo bem exata do Ben 10 e da Jolie.Ai vem...

Me criticaram por eu pensar da forma que eu penso. Disseram "tadinho do seu filho", ou "na escola que o - filho da outra - vai estudar só pode ser coisa de marca, senão a criança fica triste", ou "vc faz isso pois sempre teve do bom e do melhor", ou "eu - a outra da conversa - só queria coisa de marca tb, e só vou comprar pro meu filho coisas caras e de marca".

Olha só... isso é valor que se passe para uma mente em formação? Que isso gente... com podem querer que o filho cresça fútil, sem saber o real valor das coisas?

GEEEENTE, sério... to meio chocada com os princípios desse pessoal. Isso vai fazer aumentar o rendimento escolar? Isso vai fazer a criança ser mais amada? Mais aceita? NOSSA... se as crianças da escola acharem que quem é melhor é quem tem coisas melhores, eu tenho pena de quem estuda nesse lugar.

Tá, admito que sempre estudei na melhor escola particular, só de elite (mesmo eu sendo a única pobretona), minha mãe sempre fez questão de me dar o melhor... mas é JUSTAMENTE POR ISSO que eu não dou valor a essas bobeiras, pois sei que isso não representa NADA!

Tá, agora para terminar... Filhote estuda em escola particular, e o dessa outra, que disse que só de marca para ela e para a filha, não. É... são os princípios, não paga pelo melhor ensino que pode pagar, mas paga para a melhor marca que será exibida para os outros.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Luto por Teresópolis

Nem preciso dizer quanto sofrimento e ansiedade as pessoas de Teresópolis estão passando. Meu filhote está lá, nossa, que susto! Não vejo a hora de vê-lo sob minhas asas novamente.

Mesmo não estando presente, estou profundamente chocada e sensibilizada com a situação. Queria poder ajudar.

Só fico pensando o quanto de força as pessoas terão que ter para se reerguerem, para começar a ter esperanças novamente. Só peço que essa força surja logo e que cada vez mais haja consciência política e pessoal, para que os desastres sejam minimizados.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A Origem

Graças ao maravilhoso antibiótico Ciprofloxacina (desconsiderando seus mil efeitos tóxicos), estou mil vezes melhor! Já consegui dar banho na cadela, no carro e na moto, e por isso estou aqui, com outro ânimo, para resenhar A Origem.
Estava muito ansiosa para ver o filme, mas acho que a situação que eu me encontrava não estava muito favorável a isso, portanto admito, tive muita dificuldade de me concentrar e não consegui fechar uma opinião decente sobre o filme, podendo (mesmo que morrendo de vergonha) assumir que me confundi no final.

O filme tem um roteiro bem complexo, e como se trata de uma estória muito original, seus diálogos também se tornam complexos, já que explica uma realidade sci-fi. Acompanhamos Leonardo de Caprio (que está muito bem), como Cobb, que é capaz de infiltrar-se nos sonhos das pessoas para conseguir extrair informações. Devido a sua capacidade superior nesse quesito, ele é "contratado", sob condição de se libertar de uma pena diplomática e rever seus filhos, para incutir uma informação na mente de um empresário.

Ocorre o seguinte: para retirar informação é tranquilo, quem tem essa capacidade simplesmente invade os sonhos das pessoas e consegue, com certa técnica, alcançar o objetivo, PORÉM, para colocar idéias, já não é dessa forma, tanto que a maioria das pessoas afirma simplesmente não ser possível. Bom, devido a questões pessoais já comentadas, Cobb aceita tentar.

Só que na verdade o pano de fundo é outro... temos essa estória como ação primária do filme, só que o complexo está por trás, nos traumas de Cobb devido a uma experiência prévia.

Bom, quer tiver curiosidade, vale muito a pena ver o filme, por se tratar de uma ótima produção e roteiro...

...só que eu me perdi, chegou um ponto que o filme terminou e eu não fechei minha opinião, não entendi em que ponto houve a quebra... até que ponto era virtual... ai, não vou falar nada para não estragar, mas COM CERTEZA terei que ver o filme de novo, de manhã, sem sono, ou seja: em condições de total alerta. E recomendo essa condição a todos que forem assistir A Origem.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Doente no início do ano

Estou tão triste hoje... tenho ficado constantemente doente, cada hora é uma coisa, mas ficar doente logo no início do ano é tão desestimulante.

Já vim da praia me sentindo um pouco mal, durante a semana piorei e hoje, finalmente, fui parar no hospital. Mais uma das minhas incontáveis infecções renais. Não aguento mais chegar no hospital com a mesma coisa. Nossa!

Graças aos meus cálculos renais velhos de guerra, de vez em quando eu tenho uma surpresinha, e essa semana estou recebendo uma especialmente ruim. Dizem que quem tem crise renal está experienciando uma dor de parto... nossa, perdi a conta de "quantas crianças já nasceram" se for assim.

Vim mesmo comentar sobre alterações emocionais quando estamos doentes. Nossa, eu fico me sentindo tão absurdamente carente, que chega a cansar! Estou profundamente triste, me sentindo solitária, carente e entediada - tudo misturado, fora o mal físico que uma crise renal proporciona. E como sou uma pessoa extremamente explosiva e temperamental, eu fico com fortíssimas tendências à grosseria. Pior? Impossível.

Queria estar rodeada de amigos agora, e não nessa Muriahell. Queria poder ter tudo o que quisesse na altura da minha mão e queria simplesmente pedir e receber. Absurdo? Mimada? Pode ser, mas só estou sendo muito sincera.

Jogue a primeira pedra quem nunca ficou dengoso quando doente?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um Amor para Recordar

Tinha uma paciente que vivia falando do filme "Um Amor para Recordar", por ser seu predileto, por ser emocionante... mas por se tratar de uma pessoa muito mais sensível do que eu, acreditei estar exagerando, mesmo assim estava curiosa para assistir.

Nossa, deve ter rios de pessoas que poderão me criticar, dizendo que é uma soma de clichês, que é previsível, que força na melação, que é um romancezinho água com açúcar xinfrim... dane-se, assisti e chorei muito!

Tá, admito que tem clichê, é previsível e muito açucarado, mas eu AMEI, ou seja: o filme surtiu o efeito proposto para um filme de mulherzinha, pois é isso que ele é. E digo mais, é de peso, tem muita força para se tornar um clássico do gênero "mulherzinha".

Nossa!!! Que filme lindo, que emocionante!! Quando o filme iniciou (NÃO contarei spoilers), pensei que fosse tomar um rumo completamente diferente, depois mesmo estando meio na cara continuei teimando e achando que iria tomar um rumo diferente, e depois, mesmo nítido e faltando uns 15 minutos para o final (onde já houve todo o desenrolar), eu ainda achava que poderia acontecer mais alguma coisinha.

Não posso falar mais pois, com certeza, estragarei o filme para quem ainda não teve esse prazer, mas se você é mulher, está meio desanimada, sem fé, num dia chuvoso ou, como eu, matando trabalho ASSISTA! Ou melhor: se você é mulher ou é sensível, assista de qualquer forma.

Mas prepare o lenço, pois aqui em casa foi uma choradeira danada! Lindo, lindo, lindo!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Final de Ano

Por um milagre da vida meu final de ano transcorreu maravilhosamente bem (obrigada a quem torceu por isso, acredito que tenha dado sorte), claro que alguns contratempos sempre ocorrem, mas posso, com certeza, afirmar que esses foi um dos melhores finais de ano da minha vida.

Sem dramas ou perrengues, como de costume.

Natal em casa, tranquilo, com amigos queridos, Filhote, Mamily e outros agregados amados. Aliás, passar natal com criança é ótimo, ainda mais quando vc escuta que "Nooooossa, Papai Noel entendeu tudo o que eu pedi!!". Excelente comida, excelente companhia, clima tranquilo, como o Natal deve ser.

Já o reveillón conseguimos ir para a região dos lagos, e mesmo o transporte e o tempo não tendo ajudado muito, eu aproveitei bastante!

Na chegada conseguimos curtir sol até mais de sete da noite na Praia do Forte (Cabo Frio - RJ), companhia ótima, ótimo dia. Passamos o dia seguinte em Geribá (Búzios - RJ), local que eu não conhecia e achei maravilhoso, e de noite fomos em uma balada gay. Eu, como estranha que sou, dormi sentada e todos os gays ao redor ficaram olhando para mim (segundo me informaram) como eu seu fosse extraterrestre.

No dia seguinte, além de ser o dia da virada, o tempo estava muito nublado e nós estávamos caindo de cansaço, já que chegamos em casa quase sete da manhã, portanto resolvemos ir a um local mais perto e fui apresentar Costa Azul (Rio das Ostras - RJ) para os meninos. Dia nublado + mineiro = buteco.

A virada passamos em Cabo Frio e foi muito boa (fora o deslocamento até lá, mas eu outro post eu comento o fiasco)!!

Dia seguinte, todos pregados, dia nublado novamente e o passeio em Arraial do Cabo foi cancelado. Poxa, fazer o que em arraial se não poderíamos nem curtir os passeios de barco? Se não teria tanta graça a Praia do Forno? Ok, decidimos então voltar a Rio das Ostras, devido a hora que acordamos, e nessa tivemos uma adorável surpresa, já que curtimos um showzinho MUITO bacana em um dos quiosques da Tocolândia. Quem podia imaginar que no meio de um vendaval com chuvinha fina, estariam várias pessoas super empolgadas cantando legião, Raul... muito bom!!!

Chegamos tardão (já que até em casa foi mais de duas horas), mortos de cansaço e fome, mas felizes (e gelados, claro).

Dia seguinte a (nossa) bateria acabou, assim como a chance de sol, portanto basicamente ajeitamos nossa vinda, nos deslocando mais cedo para Macaé (RJ), local do qual partiríamos em retorno a Muriahell (fazer o que, né?).

Muito bom, praticamente perfeito, pena que o deslocamento (que virá em um outro post especial) deu tanta apurrinhação e trabalho!