sexta-feira, 30 de abril de 2010

Crônica de uma Morte Anunciada


Desafio Literário

Mês: Abril - Escritor latino

Título: Crônica de uma Morte Anunciada
Autor: Gabriel Garcia Márques


O livro basicamente narra em terceira pessoa a estória, através de flashbacks, do assassinato de Santiago Nassar, jovem rico que supostamente desvirginou a (recém) esposa de Bayardo San Román. Para restituir a honra de sua família, os irmãos gêmeos de Ângela Vicario (a noiva desvirginada) resolvem matar o culpado por esta ter sido devolvida na noite de núpcias, e ai temos o motivo do crime.

Sem dúvida, para mim, o mais interessante do livro foi a forma como foi construído, de trás para frente (sempre tive um fraco por isto). A estória já começa revelando que o personagem principal está morto, e só depois nos apresenta o motivo e vamos conhecendo os demais envolvidos. O próprio narrador não nos é diretamente apresentado e, apenas aos poucos vamos obtendo informações a seu respeito.

O livro tem a ironia e a riqueza de narração bem típicas de Gabriel Garcia Marques, com uma leitura muito fluída, mesmo que um tanto pesada, e extremamente envolvente! Ficamos ansiosas e curiosas sobre o próximo acontecimento ou novo fato que se apresentará.

Olha, para mim é até difícil fazer uma resenha sobre os livros de Gabriel G. Marques, pois o acho tão brilhante, principalmente nos detalhes, que se for destacar cada ponto ficarei semanas aqui discutindo sobre o livro...

...então, finalizando, gostei BASTANTE do livro mas teve partes que, mesmo totalmente envolvida e enfeitiçada pela narração, achei impactante demais, quase a ponto de querer que fosse diferente, de trocer pelo o contrário.

Adorei o livro, adorei o personagem principal, (ridiculamente) queria que ele não tivesse morrido, e que o livro se chamasse "Crônica de uma Quase-Morte Anunciada".

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Trololo Cat

Eu nunca tinha visto esse vídeo, mas achei tão mimoso que resolvi dividir com vcs!

Para quem gosta de gato e ainda não conhece o Trololo Cat, vale a pena!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Armadilhas no trabalho!!!

Olha a situação que ocorreu comigo no trabalho. Já eram 11:25 h, isso significa que faltavam cinco minutos para o meu último paciente, quando entra um rapaz procurando pela Drª Diana (ninguém deve me chamar de Drª). Primeiro pensamento foi que devia ser algum engano, já que ninguém aqui me conhece. O segundo, imediatamente após o primeiro, logo depois que eu notei a cara séria do sujeito, era que devia ser parente de algum paciente.

O rapaz, que veio direto a mim, disse ter sido enviado pela coordenadora para eu avaliar, se apresentou como filho do sobrinho do prefeito, disse estar de férias em Muriaé e relatou o acidente sofrido em um jogo de futebol, porém, após isso, os ataques começaram.

Quando digo ataques, quero dizer uns tremores, e uns tiques com cabeça, ombro, língua, boca, de uma forma muito estranha (muito igual a isso AQUI). Só que, como o cara era paciente, eu mantive a calma e o levei para a sala de avaliação para descobrir o que estava acontecendo, já que chamava tanta atenção de todos em volta que, ou estavam assustados, ou morriam de rir.
Lá vou eu com o sujeito fazer a avaliação e, quando chegamos, ele me avisa que tem Tourette. Nunca atendi ninguém com Tourette porém, pelo o que eu me lembrava, as pessoas falavam muitos palavrões do NADA, tinham uns ataques meio que se estapeando... Bom, continuei a minha "avaliação", só na anamnese, sem tocá-lo, para não estressá-lo mais ainda, já que ele me revelou que seus tiques pioravam no estresse, situações novas e com "jaleco branco". Tá, deixei-o se acalmar, tirei o jaleco e, após pedir que outro fisioterapeuta atendesse minha paciente (a de 11:30h), começamos a conversar.

Gente, trinta minutos depois ainda estávamos na mesa e, na altura do campeonato, eu estava suando, nervosa e toda dolorida, só de ver o cara se debatendo... e com vontade de MATAR os meus colegas de trabalho, já que nenhum estava atendendo e só ficavam rondando a sala, roxos de tanto rir. Controlando minha vontade de pular no pescoço de um, eu comecei a explicar para o rapaz as técnicas e responder as mil perguntas que ele me fazia.

Porém, chegou um momento que ele me disse que eu deveria atendê-lo no horário de 12:00 horas, já que a coordenadora havia pedido (por ser quem ele era), já que não atendíamos ninguém nesse horário. Ah... ai já viu né? Falar isso comigo? Nessa hora eu comecei o meu discurso que para mim todos são iguais, que o rico entra na fila da mesma forma que o pobrinho, que eu não aceito politicagem e que se eu fosse atendê-lo seria pelo problema dele, e não porque um superior havia me mandado...

Nessa hora (uns 40 MINUTOS DEPOIS que eu havia começado a avaliar o rapaz), entra uma das sarnas que trabalham comigo, uma das que estavam roxas de tanto rir de mim, e aperta a mão do cara, parabenizando ele pela atuação.

O POVO ARMOU PARA MIM!! Esse "rapaz" era o esposo da minha nova colega de trabalho, que eu ainda não havia conhecido, e conseguiu me enganar!!!!! Eu sofri 40 minutos, já que estava morrendo de pena do cara, e puta da vida com o resto do povo que só fazia rir!

O sujeito conseguiu representar com tamanha PERFEIÇÃO que me choca até agora (deixo bem claro que o mesmo é fisioterapeuta tb, professor universitário e ensina justamente matérias relacionadas à sua atuação!)... além do choque de ter sido enganada pelos "à toas" do trabalho, que devem ter esperado ansiosamente a minha vez de cair no golpe!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Breve análise (preconceituosa) das condições de trabalho no interior

Minha "irmã" diz que quando eu não estou reclamando que não tenho tempo para nada, que estou correndo e cheia de coisa para fazer, eu reclamo que estou entediada. Esquecendo o fato que, ao ler isso, as pessoas irão pensar que eu só faço reclamar (o que é uma certa mentira, já que entre uma reclamação e outra eu bebo e durmo rsrsrs), a questão comentada é a mais pura verdade, ou eu me sinto exausta pelo excesso de coisas, ou eu me sinto muito entediada pela falta de coisas. Por isso, tirarei esse momento de tédio para ser preconceituosa.

Após eu receber uma ótima visita esse final de semana e conversarmos muito sobre a diferença da vida no interior e nos grandes centros não conseguimos, praticamente, chegar a conclusão nenhuma. A minha sentença final é que o ideal é sermos felizes, e se para isso devemos estar no meio do agito, no meio do estresse estimulante ou no meio do mato, é uma questão pessoal. Devemos, portanto, correr atrás disso, mas arcar com as consequências depois.

Discutir essa questão é bem mais complexo do que essa simples divagação em um blog, porém, várias são as variáveis que devemos analisar para compararmos a qualidade de vida, como por exemplo moradia, violência, acesso a cultura e centros de formação, trabalho, lazer e as relações humanas.

Vou destacar um ponto para dar uma argumentada (com uma perspectiva totalmente pessoal) e já que relações humanas, cultura e lazer eu nem posso me atrever (devido ao abrigo anti-bomba), escolherei o trabalho.

- No interior, a chance de sermos "engolidos pelo mercado selvagem" é indiscutivelmente mais remota, porém, o estímulo que essa mesma selvageria mercadológica proporciona, que é a constante atualização e aprimoramento profissional, tb está ausente. Devido a essa menor exigência, podemos facilmente nos tornar profissionais acomodados e, o pior, ultrapassados.
- O salário é outra questão a se levar em conta, já que ganhamos menos, mas gastamos menos.
- As relações interpessoais no ambiente de trabalho são, na maioria, muito restritas e, no interior temos o ambiente propício para fofocas (isso se deve ao fato de que o tempo que as pessoas dos grandes centros estão gastando se aprimorando, as do interior estão gastando prestando atenção na vida alheia).
- A rede de contatos fica muito complicada, já que no interior, o nome de família, o dinheiro de berço, a prima-da-amiga-de-madrinha-do-filho-do-prefeito é sempre melhor do que você. Uma vez que a sua formação e capacidade são facilmente suplantadas por essas outras "qualidades".

Posso estar enganada mas essa é a minha atual visão das coisas que, admito, é bastante restrita.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Desasabafo dos hormônios descontrolados

Olha, hoje não foi um dia bom, aliás, esses dias não foram bons então acho melhor se afastarem de mais um post da série: posts de desabafo. (Bom, se continuarem, não digam que eu não avisei!)

Tenho repensado em muitas coisas na minha vida (aliás, desde que eu vim para Muriaé me sobra muito tempo para isso, já que aqui nada me interessa!) e o mais novo anime que eu estou assistindo só contribuiu para estimular mais ainda o meu momento introspectivo. O triste é que dessa introspeção não está sobrando muita coisa boa, acho que a culpa é dos hormônios, só pode.

Para esquecer os problemas que surgem (pois já é cansativo aguentar as coisas que eu já tenho que resolver naturalmente) eu vivo de palhaçada. Faço piada com tudo e todos e vivo de bom humor. Só que isso cansa, e quando vou rever algumas atitudes,ou simplesmente não me reconheço mais ou não sei se tudo isso é válido.

Tenho problemas graves no trabalho por questões organizacionais (quem lê o blog sabe que ficamos cinco semanas sem água em uma clínica de fisioterapia, só não sabe que ficamos sem cadeiras, que os tacos saem, que faltam equipamentos, que não tem uma instalação elétrica decente e que, por isso, os aparelhos são ligados em 3 extensões grudadas... não preciso ficar enumerando mais, não é?), fora os problemas políticos que frequentemente nos levam a sermos ameaçados (não vou entrar em detalhes pois ficaria bem extenso) e as demais chatices. Somando isso ao fato de eu, como todos sabem, detestar Muriaé, acho que o melhor agora é viver levando as coisas de uma forma mais light (para quem me conhece SABE o quanto é difícil eu ser light), resolvendo as coisinhas sem estresse, esperando para ver o que vai acontecer, botando panos quentes... ou seja, meu peito está virando um brejo de tanto sapo que eu engulo(!), tudo isso com o intuito de sofrer menos (coisa que DEFINITIVAMENTE não faz o meu estilo).

Porém (só pode ser devido a TPM) essa semana expirou o prazo de ser "easygoing". Não suporto mais, a vontade que eu estou é de gritar aos quatro cantos tudo o que eu quero falar para todo mundo, com direito a dedo na cara e tudo o mais!!! Can-sei!

Ontem cheguei ao ápice quando um paciente meu virou para mim e disse: "- Posso te dizer uma coisa?" Eu: "Hum?" Ele: "Você precisa arrumar um namorado". E eu respondi: "-Posso te dizer uma coisa?" e Ele: "Hum?" Ai eu: "Vai a merda?"

No final, sabe qual foi a única alternativa que eu arranjei? Fuga. No trabalho: fico muda e, quando não estou com a mão em algum paciente, leio (estudo) ou limpo. Em casa: biiru (cerveja para quem não sabe), hobbie, estudo e família (filhote e "irmã", pois até mamily tem estado sob a minha mira). Quando saio: hum? O que é isso mesmo? E querem saber? No meu estado atual é melhor eu ficar quieta dentro de casa e pendurar aquela plaquinha de "Não Perturbe", ou melhor "Cuidado, cão bravo".

Já pararam pra pensar que estamos praticamente o tempo todo rodeado por hipócritas? Egoístas? Quando estamos felizinhos, lindinhos, endinheiradinhos, estamos rodeadinhos. Agora, experimente não ser perfeito e ver o que acontece!

Tá, agora que eu pude "gritar" aqui, posso voltar para a minha vidinha e continuar meu momento "fuja desesperadamente como Forest Gump". Run Forest!!!! (Pena que eu não tenho fôlego)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Montanha dos Mackenzie

Maratona de Banca - Abril
A Montanha dos Mackenzie, Linda Howard
Sinopse (do próprio livro): Ruth, uma cidade pequena do Wyoming, está prestes a aprender algumas lições com a nova professora local. Para começar, Mary Elizabeth Porter está decidida a convencer o jovem Joe Mackenzie a voltar para a escola. Mas Joe e seu pai, Wolf Mackenzie, sofrem o preconceito dos habitantes de Ruth por serem metade índios e metade brancos. Além de todos os obstáculos morais, Mary enfrenta também a natureza inóspita da montanha dos Mackenzie e, em meio a uma forte nevasca, segue para a fazenda deles. No meio do caminho, encontra Wolf. Agora, Mary sabe que também terá de amaciar o coração amargurado de Wolf e ensiná-lo a maior de todas as lições da vida: a capacidade de amar e de se deixar ser amado.

Lendo essa sinopse temos uma idéia vaga demais do livro porém, lendo o trecho a seguir, do SEGUNDO parágrafo do livro, já sabemos o que esperar: “Wolf Mackenzie não podia dormir. A lua, cheia e brilhante, lançava sua luz chapeada sobre o travesseiro vazio, junto a ele. Seu corpo palpitava dolorosamente de desejo, o desejo sexual de um homem na flor da vida, e o passo das horas só intensificava sua frustração. Por fim se levantou e se aproximou nu à janela; seu corpo, forte e poderoso, movia-se com fluidez.

Gostei do livro e, sinceramente fiquei MUITO curiosa sobre Joe, o filho de Wolf (o rapaz promete!!! Estou doidinha para ler o segundo livro da saga Mackenzie), além de simpatizar muito com a Mary. Porém, achei que em certos momentos (principalmente no início do livro, quando a coisa ainda não engrenou de verdade) Wolf tem falas meio baixo níveis, até desnecessárias, que com certeza chocariam uma virgenzinha como Mary... descontando o fato de que o cara parece um animal no cio, credo! Poxa, a primeira vez da mulher iria ser num CELEIRO porque ele calculou que ficava mais perto da casa? Exagero!

Porém... com o desenrolar da estória vamos nos apegando a eles e vendo o maravilhoso caráter de Wolf que (infelizmente) é camuflado devido ao seu ressentimento.

Nesse livro nota-se de forma bem definida o começo, o meio e o fim, completinhos, e pode contar com um enredo, mesmo sendo um light romance, ao contrário do que costuma acontecer. Claro que o foco é no núcleo principal, mas temos os persnagens secundários muito bem marcados.

Gostei e recomendo para quem gosta do estilo!! (E o Joe promete... rsrsrs)