Minha "irmã" diz que quando eu não estou reclamando que não tenho tempo para nada, que estou correndo e cheia de coisa para fazer, eu reclamo que estou entediada. Esquecendo o fato que, ao ler isso, as pessoas irão pensar que eu só faço reclamar (o que é uma certa mentira, já que entre uma reclamação e outra eu bebo e durmo rsrsrs), a questão comentada é a mais pura verdade, ou eu me sinto exausta pelo excesso de coisas, ou eu me sinto muito entediada pela falta de coisas. Por isso, tirarei esse momento de tédio para ser preconceituosa.
Após eu receber uma ótima visita esse final de semana e conversarmos muito sobre a diferença da vida no interior e nos grandes centros não conseguimos, praticamente, chegar a conclusão nenhuma. A minha sentença final é que o ideal é sermos felizes, e se para isso devemos estar no meio do agito, no meio do estresse estimulante ou no meio do mato, é uma questão pessoal. Devemos, portanto, correr atrás disso, mas arcar com as consequências depois.
Discutir essa questão é bem mais complexo do que essa simples divagação em um blog, porém, várias são as variáveis que devemos analisar para compararmos a qualidade de vida, como por exemplo moradia, violência, acesso a cultura e centros de formação, trabalho, lazer e as relações humanas.
Vou destacar um ponto para dar uma argumentada (com uma perspectiva totalmente pessoal) e já que relações humanas, cultura e lazer eu nem posso me atrever (devido ao abrigo anti-bomba), escolherei o trabalho.
- No interior, a chance de sermos "engolidos pelo mercado selvagem" é indiscutivelmente mais remota, porém, o estímulo que essa mesma selvageria mercadológica proporciona, que é a constante atualização e aprimoramento profissional, tb está ausente. Devido a essa menor exigência, podemos facilmente nos tornar profissionais acomodados e, o pior, ultrapassados.
- O salário é outra questão a se levar em conta, já que ganhamos menos, mas gastamos menos.
- As relações interpessoais no ambiente de trabalho são, na maioria, muito restritas e, no interior temos o ambiente propício para fofocas (isso se deve ao fato de que o tempo que as pessoas dos grandes centros estão gastando se aprimorando, as do interior estão gastando prestando atenção na vida alheia).
- A rede de contatos fica muito complicada, já que no interior, o nome de família, o dinheiro de berço, a prima-da-amiga-de-madrinha-do-filho-do-prefeito é sempre melhor do que você. Uma vez que a sua formação e capacidade são facilmente suplantadas por essas outras "qualidades".
Posso estar enganada mas essa é a minha atual visão das coisas que, admito, é bastante restrita.
Após eu receber uma ótima visita esse final de semana e conversarmos muito sobre a diferença da vida no interior e nos grandes centros não conseguimos, praticamente, chegar a conclusão nenhuma. A minha sentença final é que o ideal é sermos felizes, e se para isso devemos estar no meio do agito, no meio do estresse estimulante ou no meio do mato, é uma questão pessoal. Devemos, portanto, correr atrás disso, mas arcar com as consequências depois.
Discutir essa questão é bem mais complexo do que essa simples divagação em um blog, porém, várias são as variáveis que devemos analisar para compararmos a qualidade de vida, como por exemplo moradia, violência, acesso a cultura e centros de formação, trabalho, lazer e as relações humanas.
Vou destacar um ponto para dar uma argumentada (com uma perspectiva totalmente pessoal) e já que relações humanas, cultura e lazer eu nem posso me atrever (devido ao abrigo anti-bomba), escolherei o trabalho.
- No interior, a chance de sermos "engolidos pelo mercado selvagem" é indiscutivelmente mais remota, porém, o estímulo que essa mesma selvageria mercadológica proporciona, que é a constante atualização e aprimoramento profissional, tb está ausente. Devido a essa menor exigência, podemos facilmente nos tornar profissionais acomodados e, o pior, ultrapassados.
- O salário é outra questão a se levar em conta, já que ganhamos menos, mas gastamos menos.
- As relações interpessoais no ambiente de trabalho são, na maioria, muito restritas e, no interior temos o ambiente propício para fofocas (isso se deve ao fato de que o tempo que as pessoas dos grandes centros estão gastando se aprimorando, as do interior estão gastando prestando atenção na vida alheia).
- A rede de contatos fica muito complicada, já que no interior, o nome de família, o dinheiro de berço, a prima-da-amiga-de-madrinha-do-filho-do-prefeito é sempre melhor do que você. Uma vez que a sua formação e capacidade são facilmente suplantadas por essas outras "qualidades".
Posso estar enganada mas essa é a minha atual visão das coisas que, admito, é bastante restrita.
6 comentários:
Eu acho que não só o fator estilo de vida próprio e o estilo de vida de cada ambiente influi, mas também influi a maneira como cada indivíduo se coloca, condiciona, adapta, vivencia esses dois ambientes e seu estilo de vida.
No meu caso eu prezo a tranquilidade de se viver em comunidades com baixa criminalidade e onde as crianças ainda podem andar de bicicleta na rua sem supervisão de adultos, mas ao mesmo tempo sou um ser que adora os avanços sociais como cinemas, restaurantes, bares, acesso a lojas de departamento e eletrônicos, etc. Ao mesmo tempo gosto de ter amizades numa comunidade que ao mesmo tempo é grande o suficiente para que seu problema pessoal não chegue ao outro lado da cidade em horas.
Resumindo, a minha vida ideal é viver num bairro residencial de qualidade e tranquilidade em uma cidade de médio porte que se encontra entre 100 e 200 km de uma cidade de grande porte.
O seu ideal, ao meu ver, pode ser considerado o caminho do meio. É o meio termo perfeito entre o interior e a "civilização".
Acredito que nós duas, pelo o que já vivemos, e onde moramos (pois isso nada mais é do que uma descrição de Teresópolis, ao meu ver), tendemos a ter a mesma opinião em relação a isso.
PORÉM... e quando não temos o direito de escolha? Entende aonde quero chegar?
A minha cidade hoje tem quase 400 mil habitantes e é um OVO! Todo mundo se conhece, não há muitos lugares para sair, o cinema é uma porcaria, são poucas peças no Teatro e quase nenhum show decente, não há muito trânsito, a violência tem níveis razoáveis, muitas universidades, um bom comércio, fica a 01 hora da praia, em 10 min de carro estamos no Centro e tudo se resolve lá. Vantagens e desvantagens típicas de uma cidade de interior.
Concordo com a Laura, adaptar é a palavra-chave para essas situações de "no good feelings" entre você e o ambiente.
É, eu basicamente gosto do ambiente Terê, mas diminuindo a favelização e crimes de lá. E sim, faz sentido ter a mesma opinião vivendo lá pois acho que foi um ótimo lugar pra ser criado.
No momento nós duas estamos nesse impasse da falta de direito de escolha. Você procurando fazer concurso pra "algum lugar" quando tem em mente cidades que queria viver, e eu não fazendo a menor idéia de pra onde vão me mandar no fim do ano.
Diante disso acho que o esquema é achar os pontos positivos do ambiente em que estamos atualmente e vivencia-los da melhor forma possível (coisa que obviamente, nós duas temos problemas em fazer). huahuahuahauhauhau
Agora, imagine esse mesmo ambiente a 10, 20 anos atrás, antes da tecnologia que temos, da internet. o.O
Sou um "bicho" urbano, sempre morei em cidade grande, não sei se saberia me adaptar. Mas aqui, como vc bem disse, tem a violência e o custo de vida que é bem mais alto. Quem sabe, pesando na balança, dá no mesmo? Melhor aproveitar as qualidades do lugar em que vc está no momento (pois imagino que pintando a oportunidade vc vai se mudar), quem sabe vc ainda vai sentir saudades daí algum dia?
@ Vanessita:
Olha, eu espero mesmo sair daqui o mais rápido possível, mas morro de medo de me arrepender, claro.
A probabilidade de isso acontecer é meio nula, já que eu realmente NÃO GOSTO daqui e aqui não me oferece muita coisa.
Porém de uma coisa eu tenho certeza: dos meus colegas de trabalho eu vou morrer de saudade. E dificilmente acharei outros iguais a eles.
Beijos!
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